Colaboradora do Núcleo das Defensorias de 2º Grau
“A Defensoria Pública me ensinou o valor do trabalho feito com responsabilidade, empatia e amor. E é por isso que sigo, com orgulho, gratidão e propósito, nessa missão.”
 A insistência e a determinação sempre marcaram a vida de Danielle. Jovem, recém-saída do colégio, carregava o desejo de começar sua trajetória profissional logo após concluir o ensino médio.
A insistência e a determinação sempre marcaram a vida de Danielle. Jovem, recém-saída do colégio, carregava o desejo de começar sua trajetória profissional logo após concluir o ensino médio.
As idas constantes para entregar currículos chamaram a atenção de um recrutador, que a encaminhou para uma vaga. O local da entrevista foi a antiga sede da Defensoria Pública, na Caio Cid. Ali, Danielle deu os primeiros passos na sua caminhada profissional.
Logo soube que seria direcionada para a sede do 2º Grau, onde permanece até hoje. Com o tempo, foi compreendendo que o trabalho que realizava ali funcionava como uma ponte de transformação de realidades. Sentiu-se parte de um projeto coletivo de construção de um país mais justo, humano e solidário.
A oportunidade de conhecer tantas histórias e acompanhar de perto o trabalho dos defensores públicos despertou nela uma paixão pelo Direito, sentimento que a motiva até hoje.
Sua jornada tem sido marcada por esforço, desafios e conquistas, sempre com o propósito de contribuir, de forma ativa, para a efetivação da justiça na vida das pessoas.
Aquela jovem que não cansava de enviar currículos, hoje completa 25 anos de dedicação à Defensoria Pública, transformando vidas. Inclusive a sua própria.
Defensoria: Como foi seu primeiro dia na Defensoria? O que ficou gravado na memória?
Danielle:
A Defensoria Pública foi o meu primeiro e, até hoje, único emprego. A lembrança do meu primeiro dia permanece viva na minha memória como se tivesse acontecido ontem. Minha história começou no fim de 1999, quando concluí o ensino médio e iniciei um curso técnico de informática no centro da cidade.
Foi nessa época que descobri que, bem em frente ao curso, funcionava uma empresa terceirizada responsável por recrutar pessoas para trabalhar. Todas as semanas, com persistência e esperança, eu levava uma cópia do meu currículo à empresa. Até que, em determinado dia, um funcionário me informou que eu havia sido chamada para subir à sala da empresa. Lá, fui recebida pela recepcionista e, em seguida, apresentada ao proprietário. Ele, com bom humor, perguntou quem havia me indicado e por que eu insistia tanto em entregar currículos. Depois de ouvir minha resposta, sorriu e disse que eu não precisava mais levar novas cópias e que, assim que surgisse uma vaga, seria chamada. E assim aconteceu.
Pouco tempo depois, uma representante da empresa entrou em contato e me orientou a ir até a sede administrativa da Defensoria Pública, na Rua Caio Cid, no dia seguinte, às 9h. Cheguei repleta de expectativa e nervosismo, mas fui acolhida com um largo sorriso e muita gentileza. Recebi orientações claras sobre as minhas funções e, ao final, fui informada de que meu local de trabalho seria o Núcleo do 2º Grau, localizado no TJCE, no bairro Cambeba.Ainda naquele mesmo dia, me desloquei até o novo local e, mais uma vez, fui recebida com atenção, respeito e simpatia.
A partir daquele dia, só coisas boas aconteceram e apenas anjos cruzaram o meu caminho. O que ficou marcado na minha memória foi justamente essa recepção calorosa, humana e respeitosa. Foi um dia feliz, que me deu a certeza de estar no lugar certo, iniciando uma trajetória profissional construída com dignidade, afeto e propósito.
Defensoria: Em que momento você sentiu que o seu trabalho fazia diferença na vida de alguém?
Danielle:
Trabalhar na Defensoria Pública sempre foi, para mim, muito mais do que apenas um emprego. No entanto, no início, eu ainda não tinha a real dimensão do impacto que o meu trabalho poderia ter na vida das pessoas. A rotina, as tarefas administrativas, os documentos, as idas e vindas de processos…tudo isso fazia parte do meu dia a dia, e eu ainda não percebia o alcance humano de cada uma dessas ações.
Foi ao ouvir uma usuária da Defensoria, emocionada, agradecer com lágrimas nos olhos por ter conseguido resolver um problema que, por anos, tirava sua paz, que compreendi definitivamente o quanto o nosso trabalho transforma realidades.
Naquele momento, entendi que, mesmo atuando nos bastidores, cada papel organizado, cada atendimento feito com empatia, cada orientação dada com cuidado contribuia diretamente para garantir direitos e devolver dignidade a quem mais precisa.
Foi então que a ficha caiu: a Defensoria é, muitas vezes, a única ponte entre o cidadão e a Justiça.
Nesse ambiente, inspirada por tantas histórias e incentivada por defensores públicos e colegas de trabalho que, após alguns anos, decidi voltar a estudar, ingressei e conclui o curso de Direito, uma nova etapa da minha vida marcada por esforço, batalhas e vitórias, com o objetivo de contribuir ainda mais, de forma ativa, para a efetivação da justiça na vida das pessoas.
A Defensoria Pública me ensinou o valor do trabalho feito com responsabilidade, empatia e amor. E é por isso que sigo, com orgulho, gratidão e propósito, nessa missão.
Defensoria: O que te motiva a seguir contribuindo com essa instituição?
Danielle:
Longos 25 anos se passaram. Foram tantas histórias vividas, tantas portas que se abriram, tantos amigos feitos e até alguns perdidos pelo caminho. Mas o que me motiva a continuar na Defensoria Pública é a convicção de que o meu trabalho ajuda a transformar vidas, silenciosamente, todos os dias.
Cada atendimento, cada pesquisa, cada escuta atenta, cada gesto de acolhimento é uma oportunidade de devolver dignidade a quem tantas vezes teve seus direitos negados ou esquecidos.
A Defensoria Pública me inspira não apenas por ser uma instituição que, mesmo diante das dificuldades, luta incansavelmente pelos direitos dos mais vulneráveis, mas também porque me faz sentir parte de algo maior, um projeto coletivo de construção de um país mais justo, humano e solidário.
Saber que faço parte disso, mesmo que de maneira discreta, é o que me impulsiona diariamente a seguir contribuindo, aprendendo e crescendo junto com essa instituição que tanto admiro.
Defensoria Pública do Estado do Ceará
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